quinta-feira, 20 de maio de 2010

A Educação que queremos

Queremos uma escola tão globalizada quanto à vida da gente. Uma escola da qual o jovem não sinta vontade de fugir, que vá além de carteiras enfileiradas e da saliva do professor. Uma escola que entenda que para garantir a efetivação do direito à educação, é necessário garantir o acesso ao conhecimento. Uma escola na qual todos os atores construam o conhecimento.

Queremos uma escola com infra-estrutura adequada, na qual aconteça uma educação mais participativa, interativa e multidisciplinar, com uma gestão democrática, educomunicativa. Uma escola solidária, ativa e com voz, que valorize os profissionais da educação enquanto sujeitos de direitos à educação e à comunicação. Uma escola na qual a Educomunicação faça sentido para os professores, alunos e comunidade.

Uma escola que mude paradigmas envolvendo a comunidade, o entorno e as mídias. Uma escola mais livre e libertária, que responda às demandas da comunidade.

Queremos uma comunidade consciente de seus direitos. Que compreendam o processo histórico e de mobilização social. E para isso, uma educação que perceba a comunicação como um direito, que invista em processos de formação para a comunicação para que a mesma passe a fazer parte da rotina escolar, como uma oportunidade de unir educação e comunicação pela mudança de comportamento e transformação social.

Uma educação que pense a relação entre comunicação e educação para além de fazer mídia na escola, mas que abranja o conteúdo educativo das mídias e comunicação como assunto de aula. Uma escola que fomente as mídias comunitárias e escolares com a participação da comunidade escolar. Uma escola que eduque para além dos livros, que tenha ampliada as suas estratégias educativas.

Queremos uma educação que forme o professor para pensar a comunicação e use o conhecimento para formar protagonistas entre os alunos, principalmente, entre os que têm mais dificuldade de aprender. Que esta formação seja feita considerando o estudo crítico para que, ao chegarem à escola, estejam preparados e consigam aplicar metodologicamente em suas disciplinas. Uma educação com formação constante para os professores.

Queremos uma educação que trabalhe com ações que direcionam a sociedade civil a pensar no conceito de cidade educadora e a refletir sobre quais as funções educativas dos espaços, que fomente o desenvolvimento comunitário, mudando, entre outras situações, a lógica de consumo nas escolas. Uma escola que sensibilize/conscientize seus alunos para o tema do consumismo, para que possamos educar para o consumo consciente e com reflexão. Uma escola que passe valores mais humanos e menos materialistas e que inclua leitura crítica de imagens publicitárias para que os alunos possam ser cidadãos antes de consumidores. Que o tema da reflexão/indução do consumo entre como tema transversal junto à educação ambiental.

Uma educação que atue em rede (conceito, potência, práxis) como resgate da luta social; ganhando corpo no dia a dia, na rotina de quem está na(s) escola(s) e na(s) comunidade(s); como pressão (do bem) ao poder público. Que as secretarias municipais se articulem também em rede, que entendam a rede como tema fundante para a articulação, que esta seja encarada como política de governo, tendo sua transversalidade compreendida.

Que as políticas de educação, incluam a Comunicação como assunto.E que a discussão sobre comunicação, em suas diversas dimensões, não seja somente conduzida pelos atores da educação (seja poder público ou sociedade civil), mas partilhada por todos envolvidos nessa área. Uma educação que possibilite acesso à informação de forma transparente, na qual os diversos dados sobre as políticas educacionais (dados de acesso, matrícula, permanência, além de dados de orçamento, carreira docente etc.) estejam disponíveis, por exemplo, em sites atualizados constantemente.

Uma educação que vivencie a implementação das propostas da Conae e da Confecom.

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